quarta-feira, agosto 12, 2009

Obrigado ALCOUTIM LIVRE

A entrada que se segue foi-me enviada pela minha filha que está sempre atenta... Não posso deixar de " copiar" com os devidos créditos, este testemunho de tempos felizes que não voltam...
http://alcoutimlivre.blogspot.com/2009/06/1-cafe-de-alcoutim.html

Agradeço uma vez mais, ao autor do blogue Alcoutim Livre, esta foto que já me havia enviado por email.
O Sr também está presente e olhe pelo que sei, estamos todos bem de saúde.

1º Café de Alcoutim
Esta fotografia tirada, não sei por quem, em Setembro de 1967, retrata o que era o 1º Café de Alcoutim, acabado de inaugurar.Um pequeno espaço com quatro ou cinco mesas e porta para a Rua Dr. João Dias. Uma pequena máquina que tirava um café de cada vez!Era propriedade do comerciante local e já falecido, João Baltazar Guerreiro. Virado para a Praça da República e no prédio, na posse dos seus herdeiros, que foi sempre o ponto fulcral do comércio alcoutenejo tinha mercearia e taberna, vendendo fogões e relógios.Para satisfazer meia dúzia de fregueses, quase foi “obrigado” a montar nesta pequena dependência o que para a vila constituiu uma novidade: - UM CAFÉ!Lembro-me muito bem, um café custava 1$20, o que na moeda de hoje dá € 0,06.Foi lá que bebi o primeiro café com aquela que veio a ser minha mulher.Dos doze fotografados, é tudo gente na reforma e dois nada têm a ver com Alcoutim, pois encontravam-se em trabalho periódico do Instituto Nacional de Estatística de que eram funcionários. Dos restantes dez, só dois ainda residem na vila, ainda que mais dois residam no concelho.Não me lembro, mas possivelmente alguém faria anos.Cerveja e licor parecem terem sido as bebidas.Quem os reconhece?Posso dizer que está lá a “Marlene”, que ninguém sabe quem é, a não ser a própria.Pouco tempo depois o CAFÉ passou para o maior espaço virado para a Praça, substituindo a mercearia.N.B. - Informacão acabada de chegar do colaborador deste blogue, Eng. Gaspar Santos, dá-nos a conhecer que houve na década de 50 uma primeira tentativa de CAFÉ que foi mal sucedida. Situava-se curiosamente em frente deste.
Publicado por José Varzeano
Tema:

E continuando esta informação...

A " Marlene" está presente, sim...sei bem quem ela é...
A seguir ao Duarte, o miúdo dos óculos, era a mais novita do grupo. Em 1967, tinha portanto 14 anos...
A alcunha" Marlene" era um tributo à Dietrich a tal que Hitler convidou para protagonizar filmes pró-nazistas?!..., vim a conhecer-lhe a história mais tarde e a admirá-la porque soube recusar o " honroso"convite. Apressou-se a deixar a Alemanha e tornou-se uma cidadã dos EUA. Hitler tomou isso como um desrespeito para com a pátria alemã e chamou-a de traidora...

O Café era do meu pai e era de facto assim. Era o centro de tudo naquela década de 60... foi café onde a TV estava sempre ligada desde o inicio até ao fim da emissão... foi casa de petiscos quando os clientes que eram todos amigos do meu pai se juntavam e em sã camaradagem comiam, bebiam e cantavam modas do Alentejo, fados de Coimbra e de Lisboa...até altas horas, foi agência e ponto de paragem dos autocarros da Rodoviária Nacional, foi casa de jornais e revistas... foi tanta coisa!!!
E já agora a foto foi tirada pelo meu pai. Conservamos ainda muitos negativos desse tempo e a minha filha que gosta de preservar tudo o que encontra em casa do avô, tem-os guardados em grande estima.

Obrigado Sr Nunes e bem haja pelos testemunhos que tem escrito sobre Alcoutim - sua terra adoptiva, mas não por isso menos amada.E também pela alcunha... ela era de facto uma mulher bonita. Isso queria dizer que os meus olhos eram como os dela? ou seria o facto de eu ser assim... "um pouco rebelde"?

2 comentários:

Makejeite disse...

Eu lembro-me de ir a Alcoutim, nos anos sessenta, com os meus pais e termos que ir embora por não haver nenhum sitio onde comer. Provavelmente entre 60 e 63 porque foi nesta altura que ele pensou em ir viver para Mértola.

Unknown disse...

olá
vivi em alcoutim penso que somente 4 anos e curiosamente das poucas coisas que me recordo é desse café e dos autocarros que paravam em frente , agora vou a alcoutim com frequencia e fico com pena que quando se fala de alcoutim é para se dizer que é o concelho mais pobre do País
jose cavaco