segunda-feira, outubro 31, 2016

Papas de milho ... ou xerém.

Xerém com mel ou com conquilhas, qual preferem?... 

Como sou serrana aprendi a comê-las com mel. Tínhamo-lo com fartura, que a serra o dava. 
O milho era milho... e as papas eram de milho. Depois vim aconhecer-lhe outros nomes, quando me instalei no litoral. Diziam-me que, com mel, nunca haviam comido e estranharam. Diziam-me que com "grizéus" é que eram excelentes e com conquilhas divinais... 
Provei, estranhei, mas vim a gostar e, sim, como-as desde então, mas nunca suplantararão, nas minhas papilas gustativas, o gostinho do mel serrano, porque são ainda os sabores da minha infância, que me fazem crescer água na boca...
E foi assim, partilhando sabores da serra e do mar fomo-nos habituando e enriquecendo o cardápio familiar.
Mel... 
Mel do nordeste... mel que o meu filho me traz produzido pelas suas abelhinhas nordestinas ... mel lá das terras dos seus antepassados, mel com sabor do nosso rosmaninho. E ,porque vem do que é nosso, tem ainda mais encanto...
Xerém, como se diz no litoral... Papas de milho, como se diz lá na serra... o meu jantar de hoje.
Papas de Milho com Mel de Rosmaninho ou Xerém com Mel, nomeiem como preferirem.
Falta-lhe a cor, é verdade que até o milho anda pálido... e já não o há como antigamente.


domingo, setembro 25, 2016

Conversas à fogueira





Ainda me recordo dos serões, à lareira, em casa dos meus avós maternos. O meu avô Palma era um exímio contador de historias tradicionais e inventadas, mas nem por isso menos lindas. As conversas eram sempre animadas... era a família, os moirais e os almocreves... e, por vezes tb o sapateiro que uma vez por ano lá passava, uns tempos, a fazer sapatos para o pessoal, ou até o cardador ... Era assim, há 50 anos...uma casa animada, cheia de vida.
Não tínhamos nem TVs, nem Ipads, nem Iphones, nem PCs... mas só ganhámos com isso, porque tínhamos outras coisas que não custavam dinheiro, mas não tinham preço... 

É provável que contar e ouvir histórias pela noite dentro tenha contribuído para a imaginação e empatia dos primeiros humanos e que as conversas à fogueira tenham mesmo estimulado a evolução das nossas capacidades cognitivas, sociais e culturais.
 À noite, as pessoas descontraíam, acalmavam e procuravam entretenimento. Era um momento universal para formar laços, difundir informação social, para se entreter e partilhar emoções. 

 Agora, o trabalho e o lazer, estendem-se pela noite dentro, em casa, em frente a um computador. Os avós nos lares, os pais sem tempo, os filhos sem paciência...
 O que acontecerá às relações?!... 

O Fiat Necker do meu pai / 1965

Descobertas, que eu adoro, vindas lá do fundo do baú.
Esta foto é de 1965, à porta da casa dos meus pais.
- A velhinha camioneta da Rodoviária que vinha de Beja, passava a Alcoutim e seguia para Vila Real de Sto António... seriam 10 horas da manhã, esse era o horário da chegada a Alcoutim.
- O giraço do carro do meu pai... um Fiat Necker, de cor beje e capota castanha. O meu pai vendeu-o ao Guarda Fiscal Sr António José Galrito e o filho diz-me que está velhinho, mas ainda existe... Que fixe!!!
Os cestos e canastras, no tejadilho "da camioneta", ninguém lhe chamava autocarro..., íam cheios de produtos que a terra dava... rumo ao litoral, para onde tinham migrado os filhos... em busca de melhores condições de vida.
Estas encomendas, cestos e canastras, eram despachadas na casa dos meus pais, que eram tb agentes da Rodoviária. Os cestos tinham a respectiva tampa, mas às canastras, sem tampa, era cosida uma "tampa" de serrapilheira, com uma agulha enorme e curva...
Mais tarde regressavam vazios... para depois voltarem a ir cheios...
Era assim, na década de 60...

 Foto a cores, muito rara nessa época. Foi obtida pelo Dr. Eckart Frischmuth, jovem alemão, que nessa data estava em Alcoutim, fazendo um trabalho de geología para apresentação da sua tese de doutoramento. Faz parte de uma colecção de "slides", que só muito recentemente foi convertida para digital./ José Serafim.

quarta-feira, setembro 14, 2016

ALCARIA ALTA - um monte nointerior algarvio.

Tenho uma vontade enorme de abalar para o nordeste, e ficar lá uma temporada, agora que me chegou às narinas o cheirinho da terra molhada...
A casa humilde dos meus avós paternos, bem lá no alto e com uma vista fantástica, fica no Castelo. O Castelo é um dos "bairros" do Monte.
São 7... como as colinas de Lisboa: o Castelo, a Praça, a Ponta do Monte, o Reguengo, o Além, o Rossio e a Portelinha.
A Casa do Monte é um espaço quentinho no Inverno, mercê da lareira que aconchega... e fresco no Verão, porque há sempre uma brisa, um ventinho suave soprando em volta.
Só se ouvem os pássaros, o zumbido dos insectos, vozes distantes, um latido ou um miado e o barulho suave dos aviões que passam lá no alto, na sua rota para as Américas.
De lá, os nossos olhos abarcam uma imensidão, quando é dia... e perdem-se na observação de miríades de astros, quando é noite... Acontece-me adormecer no poial exterior, contemplando o Céu e recordando as histórias que ouvi, em menina, à luz da lua e das estrelas.
Foi lá que recebi os primeiros ensinamentos sobre os astros e aprendi a descobrir as Constelações... Ursa Maior, Ursa Menor, Cassiopeia, Orion... ainda hoje as procuro e falo com elas, como me ensinou o meu tio Vanderdil.

Tudo é gratificante.
Avivam-se as lembranças, e também os sentidos, no recordar do cheirinho do pão acabado de fazer... na visão das sardinhas alinhadas, pela minha avó, no tabuleiro saído do forno comunitário, no degustar divinal dos figos da Índia que sempre me aguardam, apesar de estarem já muito maduros em Setembro... nas alfarrobas que eu "roubava" das manjedouras, já meio comidas pelos animais, mas que me sabiam tão bem e que agora apanho da árvore e me regalo com aquele sabor docinho, nos meus passeios matinais, nas fragrâncias que a Mãe-Terra me oferece.
Estou a ultimar-me... quase, quase a abalar... Se alguém quiser uns dias de sossego... e algum trabalhinho também, faça favor!... Há alfarrobas e amêndoas para apanhar... e figos da ìndia para degustar.
Agora que já não pode calcorrear pelas ruelas do Monte, e tudo lhe traz saudades de tempos de felicidade que se foram, nem sempre a minha Mãe me quer acompanhar, mas vou tentar que desfrute o melhor possível aquele sossego, desta vez faço mesmo questão que se entusiasme também e me diga que sim... que vai.

sexta-feira, agosto 19, 2016

DIA MUNDIAL da FOTOGRAFIA

Hoje é DIA MUNDIAL da FOTOGRAFIA
Graças ao gosto que o meu pai sempre teve pela fotografia, aprendi muito cedo a magia do surgimento da minha cara no papel...
Divertia-me imenso. Aquele pequeno laboratório, lá de casa, fez as delícias da minha infância.
Adorava ajudar o meu pai. Primeiro fechávamos todas as janelas e portas. Nada de luz podia entrar. O ideal será de noite, dizia-me ele, mas eu preferia que fosse de dia, porque de noite estaria a dormir.
Para começar tínhamos alguns reservatórios com produtos químicos que o meu pai colocava, em sequência, em cima da bancada. O primeiro era o revelador, para mim o super mágico... era este químico que fazia aparecer a imagem que, de início, mal se via. O meu pai ía banhando suavemente e fazendo dançar para um e outro lado, o papel e, quando a imagem estava como ele queria, rápidamente, antes que escurecesse muito e ficasse preta, o meu pai mergulhava a foto no reservatório seguinte, que continha outro químico diferente. Este segundo tinha a capacidade de interromper a revelação da fotografia. Caso isso não fosse feito, o revelador continuava agindo até escurecer a fotografia por completo. O primeiro era uma solução alcalina, o segundo era um ácido para interromper o processo. Poderia ser vinagre, dizia o meu pai... mas acho que não era. Não guardo o cheiro do vinagre, naquela empreitada toda. Era outro qualquer de que não retive o nome.
Havia um terceiro reservatório com um fixador que retirava os vestígios dos cristais de prata dos químicos anteriores e, por ultimo, a lavagem.
Quando nos aproximávamos desta etapa, eu... sempre de pé... enchia o peito de ar e esperava, impacientemente, que o meu pai mergulhasse a foto no "meu" reservatório. Era o que continha a água... Era só aqui que eu entrava, esta etapa final era a minha função. O meu pai costumava dizer-me, para me animar, que o meu líquido era tão importante como os outros, mas nunca me convenceu... Como?... se o meu líquido era água e saía ali da torneira da cozinha e os outros vinham em frascos e eram comprados, em Beja?...
Mas continuando...
Com a foto mergulhada na água, e eu radiante, fazia-a andar de um lado ao outro, passava-lhe os dedos por cima e sentia-os escorregar... depois de algum tempo, de enlevo, de alegria e felicidade..."acariciando-a e mimando-a" de coração cheio, deliciando-me com aquilo...
O meu pai que, entretanto, já iniciara com outra foto as etapas antecedentes e estava "quase a chegar"... dizia-me: agora já chega de banho, já podes pendurá-la...
Aí eu levantava-me, pegava numa mola de roupa e, colocava-a presa pelo canto, numa corda que tínhamos, antecipadamente, preparado para o efeito.
Aquela imagem das fotos penduradas, ainda perdura em mim.
De entre todas, as que me passaram pelos deditos, a que mais gosto é desta...
Estas palavras são uma homenagem ao meu Pai, o primeiro fotógrafo/mágico que conheci... e que me ensinou tanto, tanto do que hoje sei e as minhas memórias de menina ainda guardam.
Cresci, mas a minha admiração, por ti, não diminui!... 
... nem o Amor que te tenho!...






domingo, julho 31, 2016

Era assim o ALGARVE...


Era assim o nosso Algarve há 100 anos, (conforme link abaixo) e também há 50 anos, bem me lembro... Algumas destas vivências ainda as recordo dos tempos de férias em casa dos meus avós maternos e paternos. Não só os meus bisavós e avós viveram sempre "neste Algarve" como também muitos de nós ainda o vivemos e o podemos recordar.
É para mim um grande privilégio ter nascido numa destas casas, de ter avós que íam à feira de burro, de ter comido o pão cozido num forno mandado construir por 5 famílias vizinhas, esse maravilhoso pão que durava 8 dias dentro de uma arca tapado com um tendal, de ter comido com garfos de ferro, ainda hoje guardo alguns, de ter comido excelentes almoços e jantares cozinhados, em panelas de barro, por horas a fio, em fogo de chão... e tantos outros modos de viver aqui descritos.
Veio-me agora à memória a chegada do "almocreve", ao Monte, que trazia o peixe do litoral e regressava com os ovos e o mel da serra... uma dúzia de ovos em troca de um quarteirão de sardinhas... a troca directa de produtos durou até à minha meninice, na serra algarvia. Parece que vejo a minha avó com os ovos no regaço para dar ao homem e o alguidar de barro na mão, para receber as sardinhas...
Quanta beleza havia nesse Algarve, na simplicidade das gentes, na riqueza do mar, que nos dava o peixe e o sal. e em tudo o que a terra dava...
Poderia acrescentar muito, a este estudo, na primeira pessoa. Felizmente guardo essas vivências, nas minhas memórias de menina. Também estou grata pelo que fomos conseguindo mudar para melhor... porque a vida dos meus avós foi dura. Trabalhavam de sol a sol, nas suas terras, o que já foi muito bom.

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Lê o artigo, aqui/ Sul Informação *

terça-feira, julho 08, 2014

"Marlene"


Testemunhos...
Hoje, relendo AlcoutimLivre encontrei um post, em resposta a uma "achegazinha", sobre esta preciosa foto... bem antiga... 1964

Publicado por José Varzeano em 10 de junho 1999

Dizia assim:
"Esta fotografia tirada, não sei por quem, em setembro de 1967, retrata o que era o 1º café de Alcoutim, acabado de inaugurar.
Um pequeno espaço com quatro ou cinco mesas e porta para a Rua Dr João Dias. Uma pequena máquina que tirava um café de cada vez!
Era propriedade do comerciante e já falecido, João Baltazar Guerreiro. Virado para a Praça da Republica e no prédio, na posse dos seus herdeiros, que foi sempre o ponto fulcral do comércio alcoutenejo tinha mercearia e taberna e vendia também fogões e relógios,.
Para satisfazer meis dúzia de fregueses, quase " foi obrigado" a montar esta pequena dependência o que para a terra constituíu uma novidade - UM CAFÉ!
Lembro-me muito bem, um café custava 1$20, o que na moeda de hoje dá  € 0,06. Foi lá que bebi o primeiro café com aquela que viria a ser minha mulher. Dos 12 fotografados, é tudo gente na reforma e 2 nada têm a ver com Alcoutim, pois encontravam-se em trabalho periódico do Instituto Nacional de Estatística de que eram funcionários. Dos restantes dez, só dois ainda residem na vila, ainda que mais dois residam no concelho. 
Não me lembro, mas possivelmente alguém faria anos.
Cerveja e licor parecem ter sido as bebidas. 
Quem os reconhece? Posso dizer que está lá a "Marlene", que ninguém sabe quem é, a não ser ela própria. 
Pouco tempo depois o CAFÉ passou para o maior espaço, virado para a Praça, substituindo a mercearia."

A resposta, está neste novo post... Acoutim Livre... AQUI

José Varzeano chamava-me, carinhosamente, "Marlene"... ela, a outra, era uma giraça e eu era só uma miúda..."sem graça"...
Grata, eternamente, pelo carinho!...


terça-feira, maio 13, 2014

Reminiscências de uma Procissão... na minha infância.


MAIO - mês de MARIA


Nestes dias sempre me vêm à memória as procissões da minha infância.
Havia sempre 6 meninas vestidas de Anjos e, a cada ano, eu era sempre uma dessas meninas. Ainda relembro o bater do meu coração de menina... naquela cadência apressada... como a querer saltar do peito, no pulsar daquela alegria tamanha...
Como S. Francisco de Assis, mas de branco, era assim que eu ía vestida, cordão em volta da cintura, asas meticulosamente desenhadas e de algodão revestidas.
A minha mãe esmerava-se no meu penteado e eu achava que parecia mesmo um anjo. . . de louras tranças e laçarotes brancos.
Não tenho fotos, mas guardo na minha memória a imagem que o espelho, mil vezes contemplado, me devolvia...
Naquela noite de um 12 de Maio distante, algo correu mal. No momento em que a procissão recolhia à igreja, estreita foi a porta... De repente, ouvi o crepitar do algodão altamente inflamável e, quase simultâneamente, vi um clarão vermelho e senti o cheiro do meu cabelo a arder...
Foram segundos, talvez, mas pareceram-me uma eternidade.
Fitas brancas de cetim prendiam as asas aos meus braços, cruzavam atrás e envolviam-me a cintura atando depois com um laço bem apertado, na frente... não saíam com facilidade.
Os meus pais trabalhando, como sempre, no café até tarde e eu ali sózinha... foi assim que me senti. Lembro-me de gritar e de ouvir gritos clamando por água... benta? Talvez...
Alguém despiu o casaco e abafou as chamas num pensamento rápido e eficiente.
Faltaram ali as mãos de minha mãe e o casaco do meu pai. Não teriam hesitado!..., mas trabalhava-se muito naquela década de 60 e a igreja era logo ali... e eu fui entregue à minha catequista e recomendada ao Sr Padre.
E assim acabaram os Anjos na procissão... :)

sábado, maio 03, 2014

Sei de um ninho. . .




Ali mesmo, no cimo da escadaria que acessa à CMAlcoutim... ali " à mão de semear"... um casal de passaritos fez o ninho e ela pôs os ovinhos. . . O resto não sei porque quando ha pouco o vi, estava vazio.

Os animais confiam demasiado no ser humano.
Eu tê-lo-ía feito no galho mais alto, da casuarina, ali 10 metros abaixo com vista privilegiada... para o rio.

sexta-feira, abril 18, 2014

Em redor do Guadiana...

Alcoutim

A beleza natural das margens do Guadiana e os  principais pontos de interesse das localidades que o rio encontra no seu percurso entre Moura e Vila Real de Santo António.


Ano de 1962... Vale a pena recuar no tempo!...

O Video aqui...

sábado, setembro 21, 2013

Ruas de Alcoutim

 

 
Ruas de Alcoutim
calçadas com pedras da ribeira
saudosas de aloendros
Por isso por qualquer greta
brotam plantas vagabundas
filhas de pai incógnito
nascidas de uma semente desgarrada trazida pelo vento
dessas que só à noite entregam plenamente ao ar
seu recôndito perfume

Teresa Rita Lopes, O Sul dos meus Sonhos
 

Teresa Rita Lopes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teresa Rita Lopes (n. Faro, 1937), é uma escritora (e importante investigadora pessoana) portuguesa.
Licenciada em Filologia Românica, doutorou-se, em Paris com uma tese sobre Fernando Pessoa, tendo consagrado a sua carreira de investigação ao estudo da obra deste.
É Professora Catedrática de Literaturas Comparadas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, desde 1979.
A sua produção literária vai desde a poesia ao teatro, para além de inúmeros ensaios sobre literatura.

Obra poética

  • Os dedos os Dias as Palavras (1987, Prémio Cidade de Liboa 1987)
  • Por assim Dizer (1994)
  • Cicatriz (1996, Prémio Eça de Queiroz de Poesia 1996)
  • Afectos (2000)
  • Jogos, Versos e Redacções (2001)
  • A Nova Descoberta de Timor (2002)
  • A Fímbria da Fala (2002)

Obra dramática

  • Três Fósforos (1962)
  • Sopinhas de Mel (1981)
  • Rimance da Mal Maridada e Sopinhas de Mel (1994)
  • Andando andando (1999)
  • Esse tal Alguém (2001, Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores 2001)
  • As Barbas de Sua Senhoria (2003)
  • A Asa e a Casa (2004)

Obra em prosa

  • Estórias do Sul (2005)

quarta-feira, setembro 11, 2013

Festas de Alcoutim 2013


As festas de Alcoutim decorrem de 13 a 15 de Setembro, do nascer ao nascer do sol e vai haver um variadíssimo programa de animação com actividades desportivas, jogos tradicionais, musica e outros divertimentos.
Tal como nos anos anteriores, o baile à antiga vai acontecer todas as noites, pelas 22 horas, antes dos concertos principais.
A discoteca no cais, animará as madrugadas que terminam com o já tradicional cacau no rio...
Durante o dia a festa decorre na vila com animações de rua, musica na Praça da Republica, actividades desportivas e a tentadora e divinal Feira dos Sabores.
Uma organização da Câmara Municipal de Alcoutim com os lucros a reverterem a favor dos Bombeiros Voluntarios e do Grupo Desportivo da vila alcouteneja.

 Sobre a origem da feira de Alcoutim, podes ler, Aqui:

Segue-se o programa 2013


 
Lá estarei, como sempre!...
 

sábado, junho 22, 2013

"O Sul dos meus sonhos" - Teresa Rita Lopes




"O Sul dos meus sonhos" é uma obra de poemas dedicados aos 3 sítios algarvios - Cacela, Faro e Alcoutim, onde Teresa Rita Lopes passou a sua infância.

Curiosamente, nos meus sonhos, também viajo muito até Alcoutim. As memórias de infância têm esta força maravilhosa e eu, em sonhos, regresso muito aos meus tempos de menina, talvez porque tive uma infância maravilhosa.
Também partilho muitas destas memórias que TRL menciona no video - Adorava olhar os barcos que passavam no rio carregados de minério rio abaixo e de guano rio acima, os caldos de farinha que a Teresa abominava, mas eu adorava, a gemada para dar força... etc.
Tenho saudades do tempo que não volta... daquele que vivi lá. . .

Mais sobre Teresa Rita Lopes - AQUI

Alcoutim - Artesanato & Etnografia




Uma das melhores feiras de Artesanato & Etnografia da nossa região.
A cada ano mais rica, a cada ano mais visitada.


Registos Etnográficos
 










 Momentos musicais...


Uiii... que cheirinho! . . .
Os cheiros misturavam-se no ar e os meus sentidos captaram-nos e ordenaram ao cérebro:
_Pede comida que há para aí sabores divinais! . . . 

Não fotografei muitos stands para não apanhar as pessoas que, poderiam gostar de ser fotografadas ou não. A minha querida amiga de infância, não escapou. . .
Estavam uma delícia as tuas filhós e o Bolo de Massa do Pão que me trazem à memória, com muita saudade, a minha avó Palma.
Temos 4 dias de diferença - tu e eu - e fizemos juntas o exame de 4ª classe
 Somos amigas, desde então. 
Obrigado, Maria Deonilde!...

 Adoro esta calçada de lages... 
...aqui o calor já apertava!!!





Artesanato de Alcoutim
A flor da esteva, muito característica da nossa terra!... É linda...




 Contenta-se o estômago...
Rancho Etnográfico de Martim Longo

Lá tenho que ir a Alcaria Queimada buscar o meu encomendado cesto para a roupa.
Deus lhe dê muita saúde para continuar a tradição, Sr António Ramos.

  O albardeiro. . . ainda há burros que usem albardas?
Os de agora já não as usam. . . e temos tantos!!!

 As redes que pescam há séculos, no Guadiana...

   Desta selecção será escolhido o Doce típico de Alcoutim. 
Qual foi o vencedor e como o nomearão?

Fiquei maravilhada com este carrocel de cabrinhas. 
A noite deu-lhe outro encanto. . .



E foi assim. . .
As fotos não dizem nada... tirei poucas porque andei entretida em descobrir rostos. 
Isso sim que eu adoro - descobrir amigos, descobrir sorrisos. . .
Dar um abraço aqui, um beijo ali. . .





segunda-feira, abril 01, 2013

Alcoutim - Feira dos Doces d'Avó



Não fui para grande pena minha. . .
Deixo aqui o testemunho de quem esteve e filmou para que conste.
Video / Vitor Teixeira a quem agradeço a partilha.


segunda-feira, março 25, 2013

Alcoutim- VIII Feira de Doces d'Avó




Vou os 2 dias... 29 e 30, ja meio mundo sabe -  o meu mural FB chega a Los Angeles e São Gonçalo...!!!
Preciso de doces! . . Ver doces, cheirar doces, comer doces - tudo o que me apetecer, porque aqueles sabores são divinais e eu não resisto. 
Uma amiga de infância estará lá com as suas filhós, as melhores e mais saborosas filhós do mundo. . .

Já pensei - vou abancar na Casa do Monte e vou na sexta feira mesmo que a meteorologia prometa carradas de chuva. Se ninguém me quiser acompanhar, vou sozinha, nem toda a gente gosta daquilo como eu. 
Vou aproveitar também o sossego do monte, deambular por ruelas e azinhagas mesmo com chapéu de chuva e luvas se preciso for. Ver e conversar com as pessoas que já não vejo ha algum tempo, os resistentes que por lá foram ficando e outros que regressaram. 
À noite, vou acender o fogo, brincar com ele e " ouvir" a voz da minha avó Isabel dizer. . .  "a brincares assim com o fogo vais fazer xixi na cama, menina, isso vais"...

No sábado, sim, vou para Alcoutim, ver o meu Guadiana, matar saudades dos sons, do cheiro, da minha infância e degustar doçuras e gostosuras da minha terra bem amada!...



segunda-feira, março 18, 2013

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Rua da Misericórdia - Alcoutim


Morei nesta rua.
Ao fundo podemos ver 3 miúdas - uma mais crescida no umbral da porta, e duas no meio da rua... Penso que sou eu e a Gracinha. Morávamos ali, lado a lado e andávamos sempre juntas saltitando por ali, jogando à macaca, saltando à corda e ao elástico… tropeçando na calçada e esfolando joelhos.
A outra mais crescida, no umbral, é a irmã Matilde.
Vem um miúdo a subir a rua, tanto poderia ser o Tonico, o irmão da Gracinha...ou outro miudo qualquer que vinha, decerto, fazer um recado à mãe. Ao cimo da rua havia a padaria, no sitio onde está a miúda, cá mais ao cimo havia a mercearia da prima Belmira e do Sr Felício.

Esta foto terá mais de 50 anos...

Por estas e por outras é que eu vejo que, apesar da tinta LÓreal, nos cabelos, os anos passam e deixam marcas profundas. Porque mudamos, envelhecendo… Porque partimos para outras paragens de onde regressaremos, ou não…




Rua da Misericórdia
Alcoutim

Do blogue alcoutimlivre
Podem ler o texto e ver a foto  aqui

Gratidão eterna, Sr Nunes, pelos testemunhos escritos que nos deixou. 

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

80º Aniversário de Carlos Brito

PARABÉNS


É uma honra e um orgulho para Alcoutim ter como um dos filhos da terra " este grande patriota", como disse o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, no jantar de homenagem a Carlos Brito.
Francisco Amaral, Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim/ FB
Foto: Engº Gaspar Santos