domingo, novembro 21, 2010

P'ra matar saudades... vou lá!!!


De vez em quando lá tiro um dia para visitar Alcoutim, um dia qualquer de um qualquer mês do calendário. Gosto de lá ir num dia assim em que não se assinala nada, em que posso ver a vila como ela é, de facto.
Vou pela Via do Infante até Monte Francisco e depois pela Via Rápida até perto da Barragem de Odeleite. Aí chegada, ando um pouco para trás e do lado esquerdo apanho a estrada marginal para Alcoutim. Encontro Alcarias e depois Foz de Odeleite no concelho de Castro Marim e, pouco, depois entro no meu concelho. Gosto de ir por aí, por entre curvas e contra curvas com o rio ao lado... A paisagem é agreste, mas linda e única. A água corre de mansinho ora para cima, ora para baixo, consoante a maré enche ou vaza. Em dias de calor a visão do rio e dos montes que o ladeiam, o cheiro da esteva e o canto das cigarras arrebatam-nos os sentidos… São divinais as sensações que me invadem...
Quando era pequena esta estrada não existia. Ainda me lembro de ver chegar casamentos e funerais em pequenos barcos. O Rio era a única via de comunicação de que dispunham as pessoas das Laranjeiras, Álamo e Guerreiros do Rio.
Primeiro vejo o Castelo espanhol, depois Sanlúcar e só mais à frente, depois da curva consigo ver Alcoutim.  Começo a ver veleiros atracados, sinal de que já estou perto...muitas famílias estrangeiras elegeram o rio para nele viver e eu gosto de ver o colorido que dão ao rio. Sugerem-me belos passeios, mar além, mas fico-me pelo prazer de os ver ali já que do mar, tenho medo...
Chego e, regra geral, estaciono e vou molhar os pés no rio. Depois, subo a escadaria que me leva ao Quiosque fronteiro ao rio e sento-me na esplanada que me convida à madorra e contemplação...
Peço algo fresco e delicio-me... Ah, coisa boa!...
                                   

2 comentários:

Odíli@ Guerreiro disse...

M.Anjos : Por favor,leia os comentarios que deixei para si, nos posts anteriores. Obg

Alvagada disse...

A tua prosa poética deixa transparecer as belezas da tua terra e o grande carinho que por ela sentes. Sempre te conheci assim...os olhos a brilharem quando falas de Alcoutim ...desejando descer as escadas para molhares os pés nas águas do Guadiana.