terça-feira, janeiro 31, 2012

Constituído o movimento Pró Futuro de Alcoutim

Grupo quer “trabalhar para a promoção de Alcoutim”
 
Personalidades como Mário Zambujal, Teresa Rita Lopes, Carlos Brito, Gaspar Santos e o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, entre outras figuras, constituíram recentemente o movimento intitulado Pró Futuro de Alcoutim.
No almoço inaugural, realizado naquela vila algarvia, no passado 21 de janeiro, foi aprovado e assinado o manifesto fundador onde se especificam os objetivos que o grupo toma por orientação e as ações que pretende realizar.
No texto, o grupo lembra que o Censos 2011 revelou que o concelho de Alcoutim “perdeu um quarto da população nos últimos dez anos”, existindo razões “para recear que esta sangria continue”.
“Os fenómenos do envelhecimento e da desertificação que a provocaram podem mesmo ser agravados pela presente política de contenção orçamental e outras medidas de austeridade em curso. Até onde? Para quem gosta de Alcoutim, esta ameaça é alarmante e inaceitável”, consideram.
Os últimos anos não trouxeram quaisquer projetos de desenvolvimento económico local, “capazes de criar postos de trabalho, garantir emprego, fixar e atrair população”, salientam, enquanto as “poucas” iniciativas que apareceram se depararam “com tantos obstáculos e exigências burocráticas da parte de organismos centrais”, em especial dos ligados ao ambiente e ao ordenamento, que os investidores acabaram por desistir. 
Até a ponte Alcoutim-Sanlúcar do Guadiana, acrescentam, que podia contribuir para “atenuar a situação extremamente periférica e de «fim da linha» em que o concelho se encontra”, acabou por ser retirada das agendas oficiais de Portugal e Espanha, “por razões economicistas, ao que se diz, mas verdadeiramente por falta de vontade política”.
As quase cinco dezenas de personalidades que assinam o documento e integram o grupo Pró Futuro de Alcoutim pretendem dar o seu “contributo” para “ajudar a modificar” este panorama.
O objetivo passa por “trabalhar para a promoção de Alcoutim” em todas as áreas onde possam exercer influência, nomeadamente comunicação social, turismo, economia, negócios e cultura, criando parcerias com outras instituições e localidades com quem possam trocar diferentes actividades culturais.
As personalidades disponibilizam-se para, “em conjugação” com os órgãos autárquicos, as associações e os partidos políticos, “exercerem pressão junto das estâncias políticas e administrativas centrais e regionais, seja para contrariar medidas adversas para o concelho, seja para acelerar medidas que o favoreçam."

quinta-feira, janeiro 19, 2012

A Lenda das Amendoeiras do ALGARVE

Há muitos séculos, antes de Portugal existir e quando o Al-Gharb ainda pertencia aos árabes, reinava em Chelb, a futura Silves, o famoso e jovem Ibn-Almundim que nunca tinha conhecido uma derrota.
Certo dia, entre os prisioneiros de uma grande batalha ,viu uma linda jovem de olhos azuis e porte altivo. Chamava-se GILDA e era conhecida como a Bela Princesa do Norte. Impressionado com tamanha beleza, o Rei Mouro deu-lhe a liberdade e conquistou-lhe a confiança. Certo dia, confessou-lhe o seu amor e pediu-lhe para ser sua mulher.
Durante algum tempo foram muito felizes, mas... não se fechem as princesas, nem que o castelo seja de ouro puro... Apesar daquele amor e de toda a felicidade do dia a dia, a PrincesaGILDA foi ficando cada dia mais triste…
Um velho cativo das terras do norte, pediu então para ser recebido pelo Rei e revelou-lhe que a Princesa sofria de nostalgia da neve do seu país distante. Então, os conselheiros, sugeriram ao rei que mandasse plantar amendoeiras por todo o reino. Muitas amendoeiras que, quando florissem dariam à Princesa a ilusão das neves da sua terra.
O Rei assim fez e, no Inverno seguinte levou a PrincesaGilda ao terraço mais alto do castelo.
_Ah!… exclamou ela.
Lágrimas de alegria surgiram nos olhos lindos da Princesa. Sentiu que as forças regressavam ao presenciar aquela visão indescritível do branco alvo que se estendia a perder de vista. Adeus, adeus saudade das terras do norte cheias de neve, mas à míngua de Sol... Astro-Rei que ilumina e aquece e torna ainda mais azul o Céu algarvio.... Este maravilhoso azul do Céu azul, sobre o azul do Mar... que só o Algarve tem.
O Rei Mouro e a PrincesaGILDA viveram longos anos de um amor intenso esperando ansiosos a chegada do mês de Janeiro…porque o mês de Janeiro trazia sempre, ano após ano, o maravilhoso espectáculo das amendoeiras em flor!
Aos pesquisadores de lendas:
Esta é uma Lenda adaptada.  É a " nossa lenda" que também é tua.
Sem direitos de autor, claro..., podes levá-la e bom trabalho!!!  :))



Turma dos Peixinhos 2001/2005
Esc Penha Faro

domingo, janeiro 15, 2012

Filhóses de Joelho



Tenho andado muito afastada deste blogue, não é que tenha caído no esquecimento, mas porque o assunto se esvai...
Como não tarda está aí o Carnaval, altura em que é comum fazerem~se as filhós/filhóses deixo aqui as que fiz este Natal:
Gosto da azáfama dos dias que antecedem o Natal... a minhã MÃE, uma Sra de 84 anos feitos a 19 de Dezembro, começa a falar das filhóses, mal começa o mês. Este ano, fui buscá-la a casa (Loulé) no dia dos anos para os passar connosco em Albufeira e para iniciarmos os acepipes para a nossa Ceia de Natal... Desde miúda que a vi fazer em Alcoutim as tradicionais " Filhóses de Joelho", assim chamadas , não porque sejam feitas no joelho..., mas porque ficam convexas, também... A minha mãe, entretanto, aprendeu a dar-lhes outra forma mais " requintada". Nas Festas de Artesanato/Doces em Alcoutim, vejo-as agora enroladas de outra maneira...mas eu prefiro sempre aquelas que me recordam a infância e fizemos dessas.
Sabemos que as filhóses são o doce festivo do Nordeste Algarvio por excelência. Segundo a tradição são confeccionadas nas datas comemorativas ao longo de todo o ano, principalmente na Páscoa e no Natal. Há diversas receitas e formas de as confeccionar : filhós enroladas, de canudo, de joelho, de forma, etc..
Deixo-vos a receita das que fizemos:

Ingredientes:
5 ovos
1 kg de Farinha Espiga sem fermento( para a minha mãe, passando a publicidade, tem que ser desta...)
Sumo de 2 laranjas médias
1 cálice de Aguardente
2 cáceres de sopa rasos de banha derretida
1 Lt. de óleo para fritar
O segredo está em untar bem a mesa com óleo e estendê-las com o rolo até que fiquem muito finas, depois deitá-las no óleo bem quente. No centro pôe-se o " canudo" (de cana com 2 nós para o óleo não te queimar) e com a ajuda de um garfo encostam-se às paredes da fritadeira e vão-se moldando, ficam assim com ar de moinho de vela..hehe!!! Dá-se-lhe a voltinha e... já está!...

Para a calda final:
Mel 250gr
Acúcar amarelo 250gr
Água 1/2 copo
Depois de todas feitas, faz-se a calda. Junta-se o açúcar amarelo e o mel e a água, deixa-se ferver e quando começar a levantar espuma passam-se as filhós uma a uma, rapidamente. Temos que repetir esta calda umas 3 vezes porque consomem bastante e faz-se pouco de cada vez para não queimar porque este ponto atinge temperaturas altas. Fiz 3 kg delas, ofereci bastantes e... coloco aqui a receita porque todos querem aprender a fazê-las...