A casa humilde dos meus avós paternos, bem lá no alto e com uma vista fantástica, fica no Castelo. O Castelo é um dos "bairros" do Monte.
São 7... como as colinas de Lisboa: o Castelo, a Praça, a Ponta do Monte, o Reguengo, o Além, o Rossio e a Portelinha.
A Casa do Monte é um espaço quentinho no Inverno, mercê da lareira que aconchega... e fresco no Verão, porque há sempre uma brisa, um ventinho suave soprando em volta.
Só se ouvem os pássaros, o zumbido dos insectos, vozes distantes, um latido ou um miado e o barulho suave dos aviões que passam lá no alto, na sua rota para as Américas.
De lá, os nossos olhos abarcam uma imensidão, quando é dia... e perdem-se na observação de miríades de astros, quando é noite... Acontece-me adormecer no poial exterior, contemplando o Céu e recordando as histórias que ouvi, em menina, à luz da lua e das estrelas.
Foi lá que recebi os primeiros ensinamentos sobre os astros e aprendi a descobrir as Constelações... Ursa Maior, Ursa Menor, Cassiopeia, Orion... ainda hoje as procuro e falo com elas, como me ensinou o meu tio Vanderdil.
Tudo é gratificante.
Avivam-se as lembranças, e também os sentidos, no recordar do cheirinho do pão acabado de fazer... na visão das sardinhas alinhadas, pela minha avó, no tabuleiro saído do forno comunitário, no degustar divinal dos figos da Índia que sempre me aguardam, apesar de estarem já muito maduros em Setembro... nas alfarrobas que eu "roubava" das manjedouras, já meio comidas pelos animais, mas que me sabiam tão bem e que agora apanho da árvore e me regalo com aquele sabor docinho, nos meus passeios matinais, nas fragrâncias que a Mãe-Terra me oferece.
Estou a ultimar-me... quase, quase a abalar... Se alguém quiser uns dias de sossego... e algum trabalhinho também, faça favor!... Há alfarrobas e amêndoas para apanhar... e figos da ìndia para degustar.
Agora que já não pode calcorrear pelas ruelas do Monte, e tudo lhe traz saudades de tempos de felicidade que se foram, nem sempre a minha Mãe me quer acompanhar, mas vou tentar que desfrute o melhor possível aquele sossego, desta vez faço mesmo questão que se entusiasme também e me diga que sim... que vai.
Avivam-se as lembranças, e também os sentidos, no recordar do cheirinho do pão acabado de fazer... na visão das sardinhas alinhadas, pela minha avó, no tabuleiro saído do forno comunitário, no degustar divinal dos figos da Índia que sempre me aguardam, apesar de estarem já muito maduros em Setembro... nas alfarrobas que eu "roubava" das manjedouras, já meio comidas pelos animais, mas que me sabiam tão bem e que agora apanho da árvore e me regalo com aquele sabor docinho, nos meus passeios matinais, nas fragrâncias que a Mãe-Terra me oferece.
Estou a ultimar-me... quase, quase a abalar... Se alguém quiser uns dias de sossego... e algum trabalhinho também, faça favor!... Há alfarrobas e amêndoas para apanhar... e figos da ìndia para degustar.
Agora que já não pode calcorrear pelas ruelas do Monte, e tudo lhe traz saudades de tempos de felicidade que se foram, nem sempre a minha Mãe me quer acompanhar, mas vou tentar que desfrute o melhor possível aquele sossego, desta vez faço mesmo questão que se entusiasme também e me diga que sim... que vai.
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