Todos suspirávamos pelo Verão...
Havia os que estudavam em Faro, em Beja, em Huelva...
Naquele tempo, na província, não tínhamos as escolas que há hoje e apenas nas capitais de distrito havia Liceu. Com o término das aulas, que em Espanha coincidia com o nosso, toda a juventude confluía para as suas terras.Íam ser 3 meses de alegria, de sã camaradagem e, se o responsável da Guarda Fiscal nos deixasse, ía ser um ir e vir. Não estávamos na U.E. e as fronteiras estavam fechadas...
Revivo com saudade os banhos no rio e na ribeira, os passeios de barco a remos, os encontros à tardinha cá ou lá... As idas p'ró cais ao pôr do sol, os pés na água...o som da corrente nos pilares do cais, aquele cheiro do rio, as garças brancas a esvoaçar... Que saudades!...
Recordo as sevilhanas, o flamengo... aquela música que tanto nos fazia vibrar...A música deles, suplantava a nossa em ritmo, em alegria. Também cantávamos muito as modas alentejanas... Nada de danças e cantares algarvios... nós ali, estávamos muito longe do outro Algarve... Na raia com a Espanha, na fronteira com o Alentejo... era ali que estavam as nossas raízes. Recordo muitas - " Trigueirinha alentejana", "Moreanes é meu povo", "Lírio roxo do campo", "Fui colher uma romã", etc... ninguém se lembrava da "Tia Anica de Loulé"..., nem do "Baile de roda mandado"...
Por isso, sinto uma grande atracção pelo Alentejo e tambem pela Espanha, embora adore o meu País. Quando é possível, perco-me na noite de Sevilla ..." siempre me voy en las bodegas de la ciudad ya que me encantan el flamengo y las sevillanas ..." e do Alentejo "os comeres" - Pézinhos de coentrada, as açordas, as sopas de tudo: de peixe, de batata, de tomate com ovo escalfado... Bolas, começo a ficar com fome!!!!!!!!!!!!!!!
Mas continuando... Tinha uma amiga, a Irene, que morava fora de Sanlucar. Na 2ª curva, subindo o rio, ficava a casa dela. Muitas vezes, aos domingos, metíamo-nos num barquito a remos e lá íamos lanchar com ela; ainda fico com água na boca ao recordar o gostinho do chouriço feito em casa... como ela vivia muito isolada, a mãe que era de origem portuguesa, adorava que a visitássemos.
E o Diego que casou neste lado...nunca vi paixão assim...
E o Julio... Não era o Iglésias, era outro...Foi a minha primeira paixão, mas não foi o meu primeiro amor...prova provada de que nem sempre uma paixão se transforma em amor. Nunca mais o vi...Tínhamos 13 anos e num passeio de Catequese ... (quem ainda se recorda do Franciscano César??? ) fomos num piquenique ao Castelo de Sanlúcar... de mão dada, imaginem, na década de 60!...
Depois havia o "cara larga", como era feiozinho, nem o chamávamos pelo nome...mázinhas!!!...
O Jesus que continuo a ver, a Angélica, o Miguel Angel e outros ainda do lado espanhol que o tempo foi apagando...
Estas lembranças são retalhos de vida que me dão muito, muito prazer recordar!...
Havia os que estudavam em Faro, em Beja, em Huelva...
Naquele tempo, na província, não tínhamos as escolas que há hoje e apenas nas capitais de distrito havia Liceu. Com o término das aulas, que em Espanha coincidia com o nosso, toda a juventude confluía para as suas terras.Íam ser 3 meses de alegria, de sã camaradagem e, se o responsável da Guarda Fiscal nos deixasse, ía ser um ir e vir. Não estávamos na U.E. e as fronteiras estavam fechadas...
Revivo com saudade os banhos no rio e na ribeira, os passeios de barco a remos, os encontros à tardinha cá ou lá... As idas p'ró cais ao pôr do sol, os pés na água...o som da corrente nos pilares do cais, aquele cheiro do rio, as garças brancas a esvoaçar... Que saudades!...
Recordo as sevilhanas, o flamengo... aquela música que tanto nos fazia vibrar...A música deles, suplantava a nossa em ritmo, em alegria. Também cantávamos muito as modas alentejanas... Nada de danças e cantares algarvios... nós ali, estávamos muito longe do outro Algarve... Na raia com a Espanha, na fronteira com o Alentejo... era ali que estavam as nossas raízes. Recordo muitas - " Trigueirinha alentejana", "Moreanes é meu povo", "Lírio roxo do campo", "Fui colher uma romã", etc... ninguém se lembrava da "Tia Anica de Loulé"..., nem do "Baile de roda mandado"...
Por isso, sinto uma grande atracção pelo Alentejo e tambem pela Espanha, embora adore o meu País. Quando é possível, perco-me na noite de Sevilla ..." siempre me voy en las bodegas de la ciudad ya que me encantan el flamengo y las sevillanas ..." e do Alentejo "os comeres" - Pézinhos de coentrada, as açordas, as sopas de tudo: de peixe, de batata, de tomate com ovo escalfado... Bolas, começo a ficar com fome!!!!!!!!!!!!!!!
Mas continuando... Tinha uma amiga, a Irene, que morava fora de Sanlucar. Na 2ª curva, subindo o rio, ficava a casa dela. Muitas vezes, aos domingos, metíamo-nos num barquito a remos e lá íamos lanchar com ela; ainda fico com água na boca ao recordar o gostinho do chouriço feito em casa... como ela vivia muito isolada, a mãe que era de origem portuguesa, adorava que a visitássemos.
E o Diego que casou neste lado...nunca vi paixão assim...
E o Julio... Não era o Iglésias, era outro...Foi a minha primeira paixão, mas não foi o meu primeiro amor...prova provada de que nem sempre uma paixão se transforma em amor. Nunca mais o vi...Tínhamos 13 anos e num passeio de Catequese ... (quem ainda se recorda do Franciscano César??? ) fomos num piquenique ao Castelo de Sanlúcar... de mão dada, imaginem, na década de 60!...
Depois havia o "cara larga", como era feiozinho, nem o chamávamos pelo nome...mázinhas!!!...
O Jesus que continuo a ver, a Angélica, o Miguel Angel e outros ainda do lado espanhol que o tempo foi apagando...
Estas lembranças são retalhos de vida que me dão muito, muito prazer recordar!...
2 comentários:
Recordar é viver!
Falei há pouco com o Xico Amaral!
Na próxima semana devo ir almoçar com ele!
Abr
Pedro
Belas comidas que la se comem...
Dá-lhe um abraço meu...
Comam bem e bebam melhor!!!
Abraços
Odili@
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