AMO, incondicionalmente, a minha terra natal- vila do Nordeste Algarvio à beira rio plantada...Dedico-lhe este espaço!...
sábado, dezembro 25, 2010
ALCOUTENEJO, agora tb Cocktail...
4 COCKTAILS - inspirados no concelho de Alcoutim
http://www.cm-alcoutim.pt/portal_autarquico/alcoutim
quarta-feira, dezembro 01, 2010
Tenho um AMIGO POETA
Os seus versos, vêm provar que eu não minto... é uma terra linda, sim.
Não fui lá recebê-lo e tive pena, culpa dele porque me telefonou e disse:
_ Adivinha onde estou? E estava lá... em ALCOUTIM, a mais de 100 km da minha terra adoptiva: Albufeira.
terça-feira, novembro 23, 2010
É bom viver em Alcoutim...
domingo, novembro 21, 2010
P'ra matar saudades... vou lá!!!
segunda-feira, novembro 15, 2010
A minha ESCOLA
quinta-feira, outubro 28, 2010
A minha AVÓ ISABEL
Quando era miúda adorava dormir com a minha avó, bem aconchegada a ela, aquecidas com as mantas de montanheco/de pura lã de ovelha e tecidas lá em casa no velho tear do meu avô Baltasar. Lembro-me dos Invernos ventosos, da chuva a bater nos telhados, das histórias de vida que me contava enquanto o sono não chegava.
Contava-me que o meu avô assinava um jornal que chegava ao monte pelo correio. Depois de passada a palavra de que o jornal chegara, toda a vizinhança confluía para o Castelo (era assim que se chamava a zona mais alta do monte) onde os meus avós moravam.
Mais tarde, seria outro o meio de comunicação que traria as pessoas ao castelo... um rádio comprado pelo meu pai, receptor de notícias faladas, sinal da evolução dos tempos.
CONCEIÇÃO
Ofereço-ta de coração!...
sexta-feira, outubro 22, 2010
Os meus Pais e Irmão em 1961
A minha mãe não gosta de se ver nesta foto, ela vai-me matar..., mas eu não tenho outra assim, antiga, onde eles estejam os três... Foi tirada por mim junto à Igreja, a dois passos da nossa casa pois residíamos onde é hoje o Restaurante Soeiro.
Fui filha única durante 8 anos, mas pedia constantemente aos meus pais que me mandassem vir um mano... Todas as minhas amigas tinham um irmão mais novo. A Zézinha e a Gracinha tinham irmãos, a Teresa tinha irmãs, a Angelina tinha os irmãos e os primos e eu... ninguém!... Pode parecer uma coisa sem importância, mas era grande a falta que ele me fazia... Tanto chateei... que lá me fizeram a vontade.
Foi na madrugada de 28 de Maio de 1961, que ele chegou. Não sei se a cegonha veio do norte ou se veio do sul. O que sei é que colocou-o, de mansinho, ali em cima do telhado da nossa casa. No 1º andar morava outra menina que também não tinha irmãos, a Fatinha, cujo pai era Guarda Fiscal Ela dormia até mais perto do telhado, mas foi para a minha casa que ele veio. Pensei que talvez ela não gostasse tanto dele como eu e, assim, ele escolheu-me a mim. O acordar dessa manhã trouxe-me uma alegria imensa e, mercê desse acontecimento, passei a ser a menina mais feliz do Mundo!...
Nessa época o dia 28 de Maio era feriado nacional - assinalava a revolta de 1926 que pôs fim à 1ª República Portuguesa. Portanto só a 29 eu fui para a escola. O coração batia apressadamente no meu peito e o contentamento era imensurável. Percorri esses 100 metros que me separavam da escola num segundo. Já tinha espreitado mil vezes para ver se tinham chegado cedo, pois era grande a pressa de poder dizer a todos que tinha um mano lindo lá em casa...
Consta que me esqueci da pasta em casa e tive que voltar para trás... mas finalmente era chegada a hora. Antes da Sra professora nos mandar entrar já eu tinha todos em volta de mim e acabava de organizar a 1ª excursão à minha casa...
_ Então vamos lá, com sorte a Sra Professora atrasa-se hoje... e lá fomos muitos, todos...
Abri a porta, a casa encheu-se de gente miúda a querer ver o benjamim da família, o mano tão desejado da amiga. A minha mãe, ainda a recuperar, estava meio adormecida. Quando entrámos, de rompante, no quarto ela despertou quase assustada e disse:
_ Santo Deus! Ó filha, mas tu trazes-me tanta gente para o quarto, olha que o menino acorda! Tínhamos combinado que seria mais tarde na hora do intervalo e nunca todos ao mesmo tempo...
_ Ó mãe, é só um instantinho...
Nesse dia mesmo o meu pai entra na Conservatória do Registo Civil ali ao lado e baptizou-o com o nome do meu avô paterno, Baltasar. "Esqueceu-se" de consultar a minha mãe, era uma coisa que tinha que ser feita depressa para que lhe pagassem ainda o abono referente a esse mês. Tinha que se apressar...Quando chegou a casa e disse à minha mãe que o nome do franzino bebé era Baltasar ela ficou zangada por 2 motivos:
1º - Não a havia consultado;
2º - Considerava que Baltasar era um nome grande para um bebé tão pequenino, não gostava do nome mas já não havia nada a fazer...
A partir daí e, para demonstrar a sua total discordância, passou a chamá-lo de Guerreirinho. Sempre era um nome "mais pequenino", apesar de conter mais letras... E foi assim que o meu irmão passou a ser chamado por toda a gente nos anos vindouros. Ainda hoje, em Alcoutim o chamam de Guerreirinho. Em família, já adolescente, passámos a chamá-lo de Baltasar (a gosto dele), inclusivé a minha mãe que hoje já gosta do nome. Eu gostei sempre, Baltasar era o nome do meu avô e além disso era também o nome de um dos Reis Magos do presépio...
E foi assim que passei a dividir o amor dos meus pais com um irmão muito desejado.
Ainda hoje adoro o puto!..
quarta-feira, outubro 20, 2010
Ontem FLOR do campo, hoje da cidade!...
terça-feira, outubro 19, 2010
Um adeus dói sempre!...
Impreterívelmente, essas horas em que revivo o passado levam-me sempre à infância e causam-me um misto de alegria e tristeza. Alegria porque recordar é viver 2 vezes; tristeza porque a realidade, neste caso, é sempre sinónimo de ausências...
E para finalizar, a certeza de que são consolo hoje, os sorrisos que nos aguardam, algures, no amanhã distante!...
quinta-feira, agosto 05, 2010
Obrigado, Sr António Rúbio, bem haja!...
Vindo do Porto, hoje ao princípio da tarde, apanhei um táxi à porta da gare do Oriente. Expliquei ao motorista para onde queria ir, e notei o seu sotaque, que me pareceu alentejano. Perguntei-lhe de que terra do Alentejo era, e o senhor disse-me que era algarvio, ao que eu respondi que por vezes a entoação da voz se confundia.Então ele disse-me que não era do Algarve das praias e dos turistas, que era do nordeste algarvio, de Alcoutim, terra onde nunca estive, mas que muitas vezes vi o desvio, no caminho do de V.R. de Santo António para Mértola, a caminho de Lisboa ou de Aldeia Nova de S.Bento, no Alentejo.Falou-me da terra e da figura do médico Dr. João Dias, agora à noite estava às voltas com twitters, FB e outlook express e lembrei-me de procurar a terra e o médico. Fui parar ao seu blogue e do sr. Varzeano, ficando encantado com todo o vosso amor à terra e ao personagem médico e à figura de seu pai.É tão bom que se mantenha a memória, das pessoas e das terras, das nossas infâncias e recordações.Bem hajam pelo que fizeram e que mais venham a fazer, parabéns!
De facto, é assim, tanto eu como o Sr José Varzeano temos um grande amor àquela terra, minha terra natal e dele terra adoptiva, mas muito amada. Não se comparam o meu blog e o dele... O meu é muito emoção/coração/sentimento, mas o dele são testemunhos, é património - riquezas de um povo.
Mas Alcoutim é assim, prende-nos... Quando for possivel desça até lá, vai ver que é uma terra linda e vai ver que vale a pena...
Vindo de VRSA entre na marginal, antes da barragem de Odeleite, sempre ao longo do Guadiana. É o Rio ali sempre ao lado e as paisagens que são agrestes, mas naturais e lindas. Vindo de Mértola, desça na nacional antiga e continue então pela marginal. De um lado ou de outro é sempre bonita.
Obrigado pela sugestão, quando fôr visitar um irmão que vive (...)perto, irei mais abaixo e espreitarei com atenção a vossa estimada terra.Vim muitas vezes de Cabanas de Tavira para Lisboa via Mértola e Vale de Mortos, para fugir ao trânsito da antiga estrada do Algarve, e via o desvio para Alcoutim.Também já vi artigos em revistas, sobre o desenvolvimento social e turístico da vossa terra.
Um "quase" diálogo de 2 pessoas que não se conhecem, mas que encontraram um ponto em comum: ALCOUTIM.
Obrigado Sr Rubio e visite-nos. Será sempre bem vindo.
quinta-feira, junho 10, 2010
25ª FEIRA DE ARTESANATO e ETNOGRAFIA - ALCOUTIM
quinta-feira, junho 03, 2010
ANGELINA
O tempo passa, mas a saudade fica!
Porque morei em Faro de 1997 a 2008, reavivámos a nossa amizade de infância e passámos a estar juntas muito tempo. Um dia, vem a má notícia e por imperativos disso, ainda passámos a estar juntas mais tempo. A nossa amizade que já era grande, cresceu ainda mais e ela agarrou-se à vida porque a amava e eu agarrei-me ainda mais a ela porque não a queria deixar ir...
Quando ela foi, foi um pouco de mim... ficou uma saudade imensurável, porque ela era assim, dáva-nos tanto que deixou um vazio enorme nas nossas vidas.
Sempre que se aproxima o 1º de Junho, relembro-a ainda mais... no passado mais recente, no mais distante, nas horas felizes da nossa infância...
Naquela tarde longínqua, havia pinturas em minha casa. Morávamos ali, onde é hoje o Minimercado. A D. Angelina/tia estava a ajudar a minha mãe nessa azáfama e nós, miúdas de 7 ou 8 anos, fomos brincar para o rio. Havia um canavial ali a montante, entre o cais velho e a foz da Ribeira dos Canaviais e foi aí que construímos uma Cabana com canas. Recheámo-la com as nossas bonecas, miniaturas de panelas de alumínio e um fogão, tudo acabadinho de comprar na feira de S.Marcos e preparámo-nos para brincar uma tarde inteira...
Ja fazia calor... De repente, ela começou a sentir comichões nos braços e nas pernas, por todo o corpo e, num ápice ficou cheia de babas em cada centimetro de pele. Muito vermelha ela, muito assustadas as duas... corremos para casa pedindo ajuda. Mal nos viram, a minha mãe e a D. Angelina logo perceberam que era uma grande alergia ao pó das canas. A toda a velocidade a minha amiga foi despida e metida dentro de um alguidar de zinco para onde deitaram água quente e quase meia garrafa de vinagre...
_ Vá, agora um banhito malcheiroso de água com vinagre...
No meio das nossas gargalhadas e molhadelas aquilo passou a ser a continuação da brincadeira interrompida. E eu a morrer de pena por não ter babas, para estar lá dentro também...
Rapidamente as babas esmoreceram e ela depressa ficou boa.
_ És alérgica ao pó das canas, menina. Não voltes lá.
_ E eu?
_Tu não és, está visto...
Recordar e viver 2 vezes, amiga!...
domingo, maio 16, 2010
Quatro bons amigos.
Dos presentes, quem não tem hoje cabelos brancos, é porque os pinta!!!
Só identifico 4... Passaram-se 40 anos, desde que foi tirada esta foto...
Em cima, à esquerda, de óculos - o Duarte.
Tenho saudades tuas, miúdo. Nunca mais soube de ti, que fazes, onde andas??? Recordei-te a vida inteira. Durante muitos anos trabalhei numa escola onde havia a Unidade de Surdos e para onde eram canalizados os miúdos de todo Algarve. Nem imaginas as vezes que me vieste à memória, nem os sorrisos silênciosos que me afloravam aos lábios, quando "te via" nesses miúdos, meus alunos... Perdi-te no tempo e no espaço, bem gostaria de te voltar a ver...
À direita, de olhos quase fechados(!!!), estou eu...
O fotógrafo, meu pai, bem podia ter esperado por melhor pose da sua filha...
Em baixo, "a minha parente" Candinhas por quem os meus pais e eu própria temos uma grande amizade e um carinho muito especial. Sempre nos tratámos assim...por parentes. Talvez isso quisesse dizer que, não sendo familiares, éramos quase...dado que a amizade que nos uniu e une, ainda hoje, é muito grande.
Por último, o Aníbal - nosso grande amigo e enfermeiro, à epoca. Ele continua igual. Tive o prazer de o encontrar no ano passado e de termos posto, um pouco, a conversa em dia.
Gosto de olhar as fotos antigas e descobrir semelhanças.
Gosto de recordar a minha meninice, os meus amigos.
Gosto de lembrar, como éramos todos tão amigos e tão felizes.
Gosto de ALCOUTIM, gosto mesmo!...
sexta-feira, maio 07, 2010
RIBEIRA dos CADAVAIS - Praia Fluvial de Alcoutim
quarta-feira, março 03, 2010
Ao meu PAI
num dia triste
que nunca esqueço.
Deixaste o vazio
que deixam os pais quando partem.
Deixaste uma dor imensa
no meu coração de filha
que menina queria ser
para, de novo, te ter...
O tempo passa, Pai ...
Vem outro ano, chega outro Março
e eu, só queria poder abraçar-te...
apagar velas, beber champanhe
e festejar contigo
a vida que me deste.
Ironia do Destino...
No meu dia, falta-me agora o teu sorriso
e, nesta data, levo-te rosas em vez de beijos...
Como é grande e imensurável
a falta que tu me fazes!...
Estarás no Céu, certamente,
no meu coração
ETERNAMENTE!...
..%%..
terça-feira, março 02, 2010
Como eu vivia as cheias do Guadiana...
De vez em quando chovia bastante e, ele enchia, enchia... tapava o cais e subia. Beijava os pés da Casuarina, inundava-lhe o espaço e, algumas vezes que me lembre, empoleirou-se-lhe na copa.
Lembro-me de uma vez em que chegou aos degraus da minha casa (onde é hoje o minimercado), inundando também os degraus da minha Escola e a Capela de Sto António - minha vizinhança da frente...
A aflição dos nossos pais era enorme com o rio a subir, a subir...
Depois de algumas horas de angústia e de muitas orações também, as águas começavam a baixar. Os resíduos que ficavam - muitos galhos, canas e muita lama eram uma maravilha para nós. Calçávamos as botas de borracha pretas (hoje galochas coloridas, coisa bem mais chique), a miudagem divertia-se à grande porque até ser tudo removido, esperavam que a lama secasse, aquele era o centro das nossas brincadeiras. as nossas mães zangavam-se, a roupa ficava enlameada e os pés dentro das botas ficavam malcheirosos, brancos e franzidos...